Avanço rápido da Covid-19 no RS: mais de 4 mil profissionais de saúde foram infectados

Nas últimas duas semanas, o Rio Grande do Sul apresentou um aumento de 85% no número de mortes por Covid-19 de acordo com a média móvel do levantamento feito pelo consórcio que conta com os principais veículos de imprensa do país. Para os trabalhadores da saúde, é evidente que o vírus está se espalhando rapidamente.

No dia 07/07, a Aserghc e as entidades sindicais mostraram que o número de profissionais infectados também cresce nas áreas que não são consideradas “linha de frente” pelo GHC. O estado já registra que 4,4 mil trabalhadores da saúde contraíram a Covid-19 desde o início da pandemia. Nossos colegas, a técnica de enfermagem Mara Rúbia Cáceres,  faleceu em 7 de abril e o técnico de enfermagem Abel da Cruz Neto, em 5 de junho.

Conforme levantamento do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), o Rio Grande do Sul é o 5º estado com maior número de casos  entre os profissionais da enfermagem. Até 9 de julho foram computados mais de 1,3 mil, entre confirmados e suspeitos. O número cresceu 120,94% entre 1º de junho e 9 de julho, passando de 616 para 1.361.

“A enfermagem está 24 horas por dia junto aos pacientes, se submetendo a uma carga viral muito grande, por isso reforçamos a necessidade do correto fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), de qualidade e em quantidade, além da testagem dos profissionais”, afirmou o presidente do Coren-RS, Daniel Menezes.

Nesta segunda-feira (13/07), a Sociedade Riograndense de Infectologia (SRGI) emitiu nota de alerta sobre o rápido avanço do coronavírus no estado e afirmou que “as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia que está evoluindo para um grave comprometimento do atendimento de pacientes com Covid-19 e daqueles que apresentam outras doenças”.

Por isso, mais uma vez a Aserghc reafirma seu compromisso na luta pela garantia de Epis e por testagem para todos os trabalhadores da saúde, para que tenhamos a real dimensão da doença. Também defendemos medidas rígidas de distanciamento social por parte dos Governos, pois um colapso do sistema de saúde sobrecarregará ainda mais os profissionais e deixará a população desassistida.

 

Foto: Jefferson Bernardes (PMPA)