Assembleia decide manter estado de greve e aumentar pressão sobre Sindihospa

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Nesta sexta-feira (11), em assembleia que reuniu cerca de 300 trabalhadores, foi aprovada a manutenção do estado de greve. Desta forma, os trabalhadores seguem mobilizados no aguardo de uma nova proposta que deve ser feita em reunião de mediação no Tribunal Regional do Trabalho no próximo dia 18, às 14h, quando todos os trabalhadores estão convocados a fazer vigília na sede do TRT. O índice que for oferecido neste encontro será submetido à avaliação da categoria em nova assembleia prevista para o dia 22/11.

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Em dois dias de intensa mobilização, milhares de trabalhadores da saúde de diversos hospitais públicos e privados de Porto Alegre cruzaram os braços e deram uma grande demonstração de força e união. Liderada por 14 sindicatos e quatro associações, entre elas a Aserghc, a categoria paralisou o atendimento em diversos setores para pressionar o Sindihospa a aumentar a oferta de reajuste salarial. Nas negociações que se arrastam desde o começo do ano, o índice máximo oferecido foi de 6%, enquanto os trabalhadores reivindicam no mínimo 9,9%, referente a inflação medida pelo INPC no período, acrescidos de 5% de ganho real.

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A mobilização dos trabalhadores da saúde chamou a atenção da sociedade e obteve grande repercussão na imprensa. A paralisação conseguiu dar visibilidade não apenas a necessidade de um reajuste salarial digno, mas também sobre as péssimas condições de trabalho enfrentadas pelos servidores. Além da restrição do atendimento em locais importantes como os hospitais Cristo Redentor, Conceição, Fêmina e Clínicas, a UPA Moacir Scliar também aderiu ao movimento. Além dos piquetes de conscientização, os trabalhadores ainda promoveram uma grande caminhada na quinta-feira, reunindo mais de 500 pessoas em um protesto que bloqueou a avenida Assis Brasil por cerca de 10 minutos.

“Já demos nosso alerta. A categoria tem uma união histórica com quase duas dezenas de classes de trabalhadores caminhando na mesma direção, que é uma greve geral por tempo indeterminado. Só quem pode evitar esse colapso é o Sindihospa, oferecendo um reajuste decente. Espero que ajam com responsabilidade porque nós temos coragem pra parar tudo”, afirmou o presidente da Aserghc, Valmor Guedes.