Protesto de trabalhadores em hospitais bloqueia avenida Assis Brasil

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Uma grande manifestação com mais de 300 pessoas deu uma demonstração de força e mobilização dos trabalhadores em hospitais de Porto Alegre. O ato fez parte da paralisação de 48 horas que ocorre na capital. Os trabalhadores de todas as áreas da saúde ameaçam entrar em greve geral por tempo indeterminado caso o classe patronal não aumente a proposta de reajuste salarial, atualmente em apenas 6%, enquanto a categoria reivindica 15%.

A manifestação começou no piquete dos sindicatos montado no pátio do Hospital Conceição e se dirigiu em caminhada pela avenida Francisco Trein até o Cristo Redentor, a menos de 1km de distância. Com faixas, cartazes, apitos, panfletos e carro de som, os trabalhadores demonstraram profunda insatisfação com as ofertas de reajuste oferecidas desde o começo do ano e a demora na definição do índice, já que todas as databases estão vencidas.

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Ao chegar no cruzamento entre as avenidas Francisco Trein e Assis Brasil, o grupo encontrou-se com outra turma de servidores do Cristo Redentor e então trancaram totalmente o trânsito por 10 minutos, ocasião em que líderes sindicais aproveitaram para dialogar com a população e explicar as razões da greve. “Não estamos aqui só por salário. Essa mobilização também é pela qualidade do serviço de saúde. Corremos o risco de ver o trabalho virar um caos com a PEC 55, que vai congelar os investimentos públicos no SUS”, alertou o presidente da Aserghc, Valmor Guedes.

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Após o bloqueio outro ato foi realizado na entrada da emergência do Cristo, onde outros líderes sindicais usaram o microfone para mobilizar a categoria e pedir apoio aos colegas que ainda não aderiram ao movimento. “Precisamos seguir mobilizados e cada vez mais unidos. Só assim vamos conquistar avanços”, declarou o presidente do Sindisaúde, Arlindo Ritter.

Assembleia que será realizada nesta sexta-feira (11) às 13h30, vai definir os rumos do movimento nas próximas semanas