1º de maio classista – Avançar na Luta

O 1º de maio tem a sua origem nas lutas dos operários norte-americanos, que em meados dos anos de 1880 prorrompiam em ondas tormentosas de protestos pela jornada de 8 horas para todos os trabalhadores. O movimento foi brutalmente reprimido pelas forças reacionárias, que prenderam oito dos mais destacados dirigentes operários da cidade de Chicago, executando cinco deles e condenando os outros a duras penas de reclusão.

Desde o 1º de maio de 1886, os trabalhadores de todos os países celebram o dia do Internacionalismo Proletário rendendo honras aos mártires da classe. Enquanto era celebrado o 1º de maio classista, os pelegos escolados das centrais, ombro a ombro com grandes empresários e políticos corruptos de carreira promoviam seus showmícios e “showmissas” com farta distribuição de prêmios. CUT, Força Sindical CTB e pelegos menores reuniram em seus palanques ministros, empresários, candidatos, cantores e artistas. Uma festa sem significado, que atrai milhares de pessoas esperançosas em conquistar um apartamento ou um carro zero, ou por assistir ao show gratuito de seus ídolos. Longe das fábricas, longe das escolas e universidades, longe da dura realidade da classe trabalhadora, sem a menor referência ao significado do 1º de maio.

Operários, camponeses, sindicatos classistas e estudantes vão às ruas reclamando as bandeiras dos mártires de Chicago, exigindo emprego, melhores salários, terra, pão, justiça e uma Nova Democracia. O primeiro de maio classista e combativo representa a expressão do crescimento do protesto popular e de uma parcela cada vez maior da classe trabalhadora que em meio à luta, enfrentando os oportunistas e a reação, adquirem a consciência de que apenas com a organização e mobilização da classe, ela poderá se libertar dos pesados grilhões da exploração, da miséria e da opressão.

Por tudo isso, o 1º de Maio deve ter este caráter: classista e de luta!

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