Setores considerados fora do enfrentamento direto à Covid-19 no GHC também têm aumento no número de funcionários afastados
Enquanto o diretor-presidente do GHC, Cláudio Oliveira, culpabiliza os trabalhadores afirmando em entrevistas à imprensa de que não houve contaminação dos profissionais nas UTIs e de que “os funcionários estariam pegando o vírus na rua”, o número de afastados também cresce nas áreas consideradas “não-críticas” e fora do enfrentamento direto à Covid-19.
No Hospital Nossa Senhora da Conceição, diversos setores que não são considerados pela gestão como “linha de frente”, foram interditados para limpeza terminal por contaminação em massa de funcionários, dentre eles:
- Pneumologia/Cirurgia Torácica
- Gastroenterologia
- Isolamento
- Retaguarda Emergência
No setor 3E (Retaguarda Emergência) somente na escala do mês de julho são 11 técnicos de enfermagem afastados (veja na foto abaixo).
Embora o jurídico do GHC alegue na Justiça de que os funcionários dos locais “não-críticos” estão menos expostos à infecção e tenha usado isso como argumento para negar o direito a licenças e afastamentos de funcionários do grupo de risco, a realidade que a Aserghc e as entidades sindicais acompanham mostra que o vírus está se espalhando rapidamente. Além disso, dois colegas já faleceram vítimas da Covid-19, os técnicos de enfermagem Mara Rúbia Cáceres e Abel Neto. Abel era do setor de Hemodinâmica, um dos ditos “não-críticos”.
A omissão da gestão do GHC persiste em relação aos testes e ao afastamento do grupo de risco. Na UTI do Cristo Redentor, por exemplo, cinco técnicos de enfermagem e uma médica plantonista foram confirmados com o vírus. Também no Cristo, seis funcionários da manutenção estão afastados por coronavírus. No entanto, os demais profissionais da equipe não foram testados. Há relatos, inclusive, de que as chefias afirmaram que mesmo profissionais positivados assintomáticos continuarão a trabalhar.
Solicitamos, caso você seja funcionário de uma área não-crítica e atestou positivo para coronavírus, que envie um email para jornalismo@aserghc.com.br para reunirmos essas informações de forma sigilosa.
Em defesa de quem cuida da vida, exigimos testes para todos os trabalhadores e afastamento do grupo de risco já!