Nota de Repúdio à demissão em massa no Hospital Mãe de Deus – Terceirização não é a solução!

A Aserghc repudia a demissão em massa dos 326 trabalhadores do Hospital Mãe de Deus. A demissão em massa iniciou na última terça-feira, no setor de Nutrição. Hoje, é a vez dos trabalhadores da Higienização. Na lista de demitidos há mulheres grávidas e representantes da CIPA. A medida vem dias depois de a terceirização de todos os locais de trabalho se tornar definitivamente legal através do Superior Tribunal Federal.

A Associação Educadora São Carlos (AESC), também responsável pelo Hospital Santa Ana em Porto Alegre, pretende economizar ao terceirizar ambos os setores, passando a responsabilidade para empresas prestadoras de serviço dessas áreas. Ao mesmo tempo, o Hospital Mãe de Deus tem função filantrópica, e recebe enormes isenções tributárias para prestar serviço.

As novas regras trabalhistas impedem que as 326 pessoas sejam readmitidas de forma terceirizadas, por ao menos 18 meses. O desemprego crescente no país, somado à precarização do serviço de atendimento na saúde, revolta a cada dia mais a população.

A terceirização de áreas tão importantes como Nutrição e Higienização já demonstrou em outros momentos que só piora o resultado dos serviços prestados. No período em que a responsabilidade da higienização do GHC era terceirizada, foi provado, após denúncia da Aserghc, que o serviço mal planejado e executado contribuiu para o aumento de infecções hospitalares, e mortes consequentemente. Além disso, a empresa em questão ainda não conseguiu explicar onde foram parar os milhões de reais que recebeu indevidamente de recursos públicos por serviços não prestados.

A Aserghc repudia totalmente a demissão em massa feita pela AESC. Prestamos toda nossa solidariedade às centenas de trabalhadores da saúde. É hora de unidade entre todos nós, trabalhadores. No dia 12 protestaremos no Hospital Conceição, em busca de valorização de nossas condições de trabalho, contra a falta de negociação sobre nosso Acordo Interno, contra as novas regras da Reforma Trabalhista, e também em apoio aos 326 demitidos. Terceirização não é a solução!

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