Hospitais oferecem reajuste insuficiente e greve está mantida

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A diretoria da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (Aserghc) participou de reunião de conciliação mediada Tribunal Regional do Trabalho, onde os sindicatos que representam os trabalhadores da saúde rejeitaram a proposta de reajuste oferecida pelo Sindihospa e mantiveram a paralisação de 48 horas que começa às 7h da manhã desta quarta-feira (09).

A classe patronal ofereceu apenas 1% a mais na proposta de reajuste anterior, chegando ao índice de 6% até janeiro de 2017, com parcelas de 3,5% já paga em junho sem a concordância dos sindicatos e outra parcela de 1,45% em novembro e a parcela final de 1% em janeiro. A proposta foi rechaçada imediatamente pelo Sindisaúde e Simers, que representam a maior parte dos trabalhadores envolvidos nos hospitais de Porto Alegre. “É ofensivo oferecer essa proposta em assembleia. Os trabalhadores já acumulam perdas e e pedir o INPC já é uma grande defasagem. Os hospitais precisam melhorar essa proposta para que não haja uma grande greve, porque este índice é uma provocação”, afirmou o presidente do Sindisaúde, Arlindo Ritter. Já o presidente da Aserghc, Valmor Guedes, conclamou os servidores a engrossar a greve. “Só com luta vamos conseguir pressionar e conquistar nossos direitos”, frisou.

O mediador do encontro, vice-presidente do TRT, desembargador João Pedro Silvestrin, apelos às partes para que mantenham o diálogo em andamento no período de paralisação. A categoria irá avaliar os rumos do movimento em assembleia no dia 11/11, às 14h em frente ao Hospital Conceição. Na audiência desta terça-feira ficou ratificado o compromisso das categorias em manter o atendimento em áreas essenciais dos hospitais.
Os estabelecimentos abrangidos pela negociação e que serão atingidos pela paralisação somam 60% dos leitos totais de internação e 66% das vagas do SUS na Capital, informou o SIMERS. Na Região Metropolitana, a fatia é de 40%. Grandes hospitais como os do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e Clínicas serão atingidos.

Desde julho, data-base do setor, busca-se a reposição da inflação acumulada, mas o sindicato patronal oferece pouco mais da metade do índice. A reposição da inflação anual soma 9,5% no caso dos médicos. O Sindihospa sequer acenou com a garantia da aplicação integral do INPC para revisão de 2017. Até agora, a oferta foi de 5% de reajuste escalonado.

A definição sobre fazer a paralisação foi tomada há duas semanas em plenária unificada de todas as categorias.