Gestão do GHC persegue e penaliza trabalhadores que denunciaram assédio moral no HCR

A ASERGHC denunciou em fevereiro deste ano os relatos de técnicos de enfermagem no 3º B Tarde do Hospital Cristo Redentor sobre práticas de assédio moral. Os representantes da ASERGHC e conselheiros Valmor Guedes, Graziela Palma, Adriana Guimarães, Roberto Carlos Neres e Luciana Vaz acompanharam os trabalhadores desde o início, inclusive em reunião com a Coordenação de Enfermagem e Gerência de Internação do HCR.

A maioria da equipe de técnicos de enfermagem reivindicava o afastamento da enfermeira em questão do setor, pois devido ao desgaste da relação entre os colegas já não havia condições de seguir convivendo e trabalhando da mesma maneira. Como nova tentativa de dar solução ao caso, representantes da ASERGHC acompanharam membros da equipe em reunião com a Diretoria Técnica do GHC, ainda em fevereiro. Desde então, aguardamos respostas para o problema durante várias semanas, inclusive reunindo com a Gerência de Recursos Humanos sem nenhum retorno satisfatório.

 

Em março toda a equipe de técnicos de enfermagem do 3º B Tarde foi desmembrada e transferida de setor. Somente depois de desmontar a equipe a gestão do GHC transferiu de local a enfermeira acusada de assédio moral. A desculpa dada é que os trabalhadores estavam inscritos no Banco de Remanejo, no entanto, a motivação para o desejo de transferência era exclusivamente o assédio que vinham sofrendo. Além disso, um colega transferido não estava inscrito no Banco de Remanejo.

 

Isto é, os gestores do GHC decidiram penalizar os colegas que denunciaram a situação de perseguição para tentar calar outros trabalhadores que estejam passando por assédio semelhante. A ASERGHC manifesta seu repúdio a esse ato da gestão, e permanecerá apoiando todas e todos os colegas que se sentirem ameaçados pelas práticas constantes de assédio moral. Recebemos recentemente novos relatos de trabalhadores de outros locais, e seguimos à disposição para auxiliar os colegas.

 

Esperamos que a nova diretoria do GHC, que assumiu no início de abril, crie uma comissão de combate ao assédio moral. Não é de hoje que a ASERGHC e as entidades sindicais reivindicam a criação uma comissão paritária de combate e prevenção ao assédio moral.

Seguiremos de Olho Vivo. Assédio moral é crime!