Em mediação do TRT, GHC não avança e entidades sindicais decidem que não irão negociar vidas; ação vai a julgamento

Na tarde de terça-feira (14), a Aserghc e as entidades sindicais representativas dos trabalhadores da saúde participaram da segunda mediação via on-line junto ao Tribunal Regional do Trabalho para discutir com a gestão do GHC as medidas de proteção aos funcionários, como o afastamento imediato das pessoas do grupo de risco e a garantia de testes para todos. No entanto, o GHC não avançou em nada nas reivindicações cobradas na ação ajuizada pelos sindicatos.

Diante da intransigência dos gestores, a Aserghc e os sindicatos decidiram que não irão negociar a vida dos colegas e pediram que a ação vá a julgamento.

No dia 06/04, também em reunião de mediação, o GHC se comprometeu apenas com remanejamento dos trabalhadores considerados da linha de frente. Mas, a Aserghc defende que se faz necessário o afastamento de, no mínimo, todos os profissionais que prestam assistência direta ao paciente e estão no grupo de risco, visto que o remanejamento não reduz a insegurança dos trabalhadores.

“Os trabalhadores do GHC conhecem bem a  realidade do SUS, com suas dificuldades e qualidades. Nossos colegas  protagonizam diariamente a luta para manter o GHC público e 100% SUS, por entender a importância desse sistema para atender a população e não vão recuar agora, no enfrentamento à essa pandemia. Porém, assim como cuidamos da saúde da população, queremos cuidar dos nossos colegas dos grupos de risco, para que possamos celebrar juntos nossa vitória contra esse vírus”, afirmou Valmor Guedes, diretor da Aserghc e do Sindisaúde/RS.

Além de Valmor, estiveram na mediação representantes do Sindisaúde/RS (Claudete), Sergs (Claudia), Sindifars (Helena), Sinditestrs (Roberto Carlos), e o advogado Renato Paese, do Escritório Paese, Ferreira e Advogados Associados. Representando o GHC: Benoni Rossi, Cláudio Oliveira e Francisco Paz.

Independente do resultado que venha a ter o julgamento, os dirigentes sindicais garantem que seguirão a luta. Pois somente a luta garantirá nossa segurança e nossa vida.