ASERGHC presente na luta pela aposentadoria digna

Na última Sexta-feira, dia 22, a Aserghc, em conjunto com o Sindisaúde e representantes do Sindifars, organizaram um dia de debate com os trabalhadores da saúde do GHC e usuários do SUS. A mobilização faz parte do Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, evento que ocorreu em diferentes capitais do país para conscientizar a população sobre a importância da previdência pública, composta pela contribuição dos trabalhadores, empresas e governo.

Durante a manhã, diretores da Aserghc estiveram presentes nos Hospitais Conceição, Cristo Redentor e Fêmina para dialogar com os colegas e usuários. Também foram distribuídas carta aberta, camisetas e adesivos.

A Aserghc organizou ainda uma aula pública, junto com o escritório Paese, Ferreira & Advogados Associados, sobre os malefícios da Reforma. Os advogados convidados Cristiano Ferreira e Luis Felipe Ávila explicaram como os trabalhadores da saúde serão um dos mais atingidos, pois a proposta de Bolsonaro (PSL) acaba com a aposentadoria especial obrigando todos os trabalhadores a contribuir por no mínimo 40 anos ininterruptamente.

Dentre as propostas do governo com a Reforma da Previdência estão:

O modelo de capitalização individual, o mesmo que foi implementado no Chile em 1981. Atualmente, nove em cada dez aposentados no país recebem o equivalente a menos de 60% de um salário mínimo, causando um dos principais motivos de miséria e suicídio entre os idosos. Além disso, o modelo representa uma espécie de poupança individual, ou seja, o trabalhador contribuirá sozinho para a sua aposentadoria. Essa proposta beneficiará os bancos privados, que não terão a obrigação de pagar a contribuição integral do trabalhador.

Aumento da idade mínima para se aposentar, sendo de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. As mulheres, que já exercem tripla jornada com o cuidado da casa, família e trabalho, precisarão aumentar seu tempo de contribuição.

O tempo mínimo de contribuição aumentará de 15 para 20 anos para receber somente 60% do benefício integral. Já para receber 100% será necessário pelo menos 40 anos de contribuição. Há uma grande parcela dos trabalhadores que estão inseridos no mercado informal, em que não há garantias de emprego. Aposentadoria é um direito e não pode ser tratada como privilégio de poucos!

O FGTS não será mais depositado para aqueles que já são aposentados e escolheram continuar trabalhando na mesma empresa. Também será excluído o direito de receber a multa de 40% sobre os depósitos efetuados no FGTS.

No final do dia, Aserghc, sindicatos e centrais sindicais participaram do ato contra a Reforma da Previdência na Esquina Democrática no centro de Porto Alegre. O evento terminou em caminhada até o Largo Zumbi dos Palmares, com centenas de trabalhadores reivindicando a permanência da aposentadoria pública. Foi o primeiro passo na resistência contra a Reforma. Seguiremos mobilizados e unidos para barrar esse projeto na Câmara e no Senado.

Não é reforma, é extinção da previdência!

Confira mais fotos do dia de mobilização:

Fotos: Júlia Matos e Nathália Bittencurt / Comunicação ASERGHC