Trabalhadores do GHC se organizam para defender Acordo Interno em Assembleia Geral em agosto
Dezenas de trabalhadores participaram ontem, 26, da plenária convocada pela Aserghc para discutir a luta pela manutenção de diversos direitos dos colegas do GHC. Representantes das entidades sindicais Sindisaúde-RS, Sergs, Sinditest-RS, Sindifars, Sinttargs, Sinurgs e Sindaergs também compareceram. Uma Assembleia Geral dos trabalhadores do GHC foi convocada para 7 de agosto.
O principal ponto de discussão foi o Acordo Interno que envolve o valor do Vale Alimentação e a retomada dos itens Férias-Prêmio e Licença para Capacitação. O acordo atual, sem os dois últimos itens, é garantido até 31 de março de 2019. Porém é fundamental iniciar mobilização nos locais de trabalho para construir a renovação do Acordo Interno com mais benefícios para toda a categoria do GHC.
Para debater essa luta com o máximo de trabalhadores possíveis, o presidente da Aserghc, Valmor Guedes, e os sindicatos da saúde convocam uma Assembleia Geral para o dia 7 de agosto, com horário e local a confirmar. Também foi formada em plenária uma Comissão de Mobilização de trabalhadores e representantes sindicais, que reunirá hoje às 13h30 na sede social da Aserghc (rua Marco Polo, nº 93) para definir as táticas de organização do movimento nos diferentes setores de trabalho. Para participar da comissão os colegas podem também procurar diretamente os diretores da Aserghc Carine Fernandes e Rudi Caldeira.
A campanha salarial deste ano foi discutida com base nas informações apresentadas pelo presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter. A campanha de mobilização para renovar o acordo coletivo deverá iniciar ainda neste ano, para garantir a manutenção de todos os direitos atuais e conquistar aumento salarial real para toda a categoria até março de 2019.
A intransigência da gestão ao lidar com o Banco de Remanejo interno também foi pautada, pois atualmente o GHC não tem cumprido suas próprias regras para remanejar colegas do dia que pretendem trabalhar a noite. O mais cômodo para a gestão tem sido “furar a fila” e tentar contratar novos profissionais de fora do quadro pessoal atual, criando diferentes categorias de trabalhadores que desempenham a mesma função, no entanto recebem salários diferentes.
Outra medida denunciada foi o “rodízio” de colegas atuando temporariamente no turno da noite, fato que pode aparentemente representar vantagem financeira para os trabalhadores que se submetem à função. Na verdade isso contribui para a exploração do conjunto dos trabalhadores pela instituição, pois transforma a sobrecarga de trabalho em algo cotidiano, principalmente para os trabalhadores do dia. A situação reforça a necessidade de combater os efeitos da reforma trabalhista, pois somos todos trabalhadores iguais e exigimos os mesmos direitos, além de democracia interna para definir quem pode ser remanejado para o noturno ou não.
O Código de Ética também tem sido debatido entre Aserghc, sindicatos e GHC. A diretoria tem tentado de diversas formas implementar a sua versão do Código de Ética. A Aserghc está contestando judicialmente essas regras, pois elas deixam os trabalhadores mais vulneráveis aos desmandos das chefias, além de prejudicar o cotidiano dos colegas. Enquanto isso, é importante que todos se informem do teor do Código de Ética e permaneçam atentos aos prazos para a avaliação, a fim de evitar retaliações.
Participe da mobilização e convoque mais colegas para a Assembleia Geral do dia 7/08! É hora de mostrar a força da unidade dos trabalhadores do GHC.